Por Maria Josefina Arce

Kampala, a capital de Uganda, é palco de intensa atividade nestes dias. Dois importantes eventos serão realizados na cidade africana: a 19ª Cúpula do Movimento dos Não Alinhados (MNA), e a 3ª Cúpula do Sul Grupo dos 77+ China.

Representantes de mais de 100 países têm trabalhado nos documentos para a reunião do MNA, que  decorre quarta e quinta-feira em nível ministerial, para dar lugar ao segmento de chefes de Estado e de Governo.

Os desafios cruciais das nações do Sul e como enfrentá-los de forma articulada e unida estão no foco das nações que compõem esse bloco, criado em 1961.

O ministro das Relações Exteriores de Uganda, Jeje Odongo, destacou que o multilateralismo e a solidariedade são mais necessários do que nunca para responder coletivamente aos desafios do futuro.

A cooperação é um dos princípios do MNA, que, mais de 60 anos depois de seu surgimento, e com participação ampla e representativa de todos os continentes, mantém sua importância na defesa dos interesses do Sul.

Uma cooperação solidária, que foi evidente durante a pandemia da Covid 19. Criou-se o Grupo de Trabalho do bloco para reunir as necessidades e humanitárias dos países membros e viabilizar a ajuda.

Nesse contexto, Cuba, membro fundador do MNA, enviou brigadas médicas a muitos países membros e se dispôs a compartilhar as vacinas anti-Covid criadas pela comunidade científica cubana.

Ao longo de todos estes anos, o movimento tem defendido a soberania dos povos, a integridade territorial, o direito à autodeterminação dos povos e a NÃO interferência em assuntos internos.

É uma das maiores organizações do mundo e, sem dúvida, desempenha um papel proeminente e vital no cenário geopolítico internacional.

Tem sido um parceiro a ser levado em conta, e possui um grande potencial para ajudar a buscar soluções aos problemas urgentes de um mundo cada vez mais desigual.

Na 19ª Cúpula, Azerbaijão entregará a presidência do MNA para Uganda, que se comprometeu a trabalhar em prol da realização das aspirações do Sul.