Insânia sionista

Editado por Irene Fait
2024-02-13 18:35:02

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Israel anuncia

Por Guillermo Alvarado

Se precisasse de uma prova de que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu está disposto a cometer um genocídio de grandes proporções contra o povo palestino aprisionado na Faixa de Gaza, ele mesmo a forneceu quando anunciou uma operação militar contra Rafah.

Rafah é a cidade mais ao sul da Faixa, localizada na fronteira com o Egito, e é o único ponto de passagem aberto para o trânsito de mercadorias e, desde o início dos ataques sionistas, para a entrada de ajuda humanitária da qual dependem centenas de milhares de pessoas que perderam tudo.

A cidade normalmente tem cerca de 153.000 habitantes, mais da metade dos quais vive em campos de refugiados, mas a população aumentou drasticamente porque mais de um milhão de pessoas do norte e do centro se mudaram para lá para salvar suas vidas.

Um ataque militar terrestre ou aéreo em uma área pequena e densamente povoada seria uma carnificina, e sabem disso em Tel Avive, Washington e na ONU, a tal ponto que o próprio Joseph Biden, aliado e protetor ferrenho de Netanyahu, desaconselhou-o, talvez não tanto por razões humanitárias, mas por pragmatismo político.

O Egito já avisou que, se ocorre essa barbaridade, acabará o processo de paz com Israel, serão letra morta os chamados Acordos de Camp David, e toda a região estará a milímetros de uma guerra generalizada que, por enquanto, não entra nos cálculos dos EUA por um simples motivo: petróleo.

Qualquer pessoa de bom senso sabe o que um conflito armado em uma área tão grande produtora de petróleo significaria para a economia mundial.

O problema é que o bom senso não caracteriza os líderes sionistas, que estão aplicando pontualmente tudo o que aprenderam com o regime nazista alemão e sua teoria da "solução final", como eles chamavam o genocídio dos judeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

Netanyahu e seu governo estão fazendo exatamente o mesmo contra os palestinos, de onde se conclui que entre uma ideologia e outra, ou seja, entre o nazismo e o sionismo, a diferença é apenas questão de nuances.

A maioria dos líderes mundiais, com honrosas exceções, fechou os olhos para o massacre do Estado de Israel, que já tirou a vida de mais de 27.000 palestinos - a maioria mulheres e crianças - feriu outros 62.000 e deslocou 1,7 milhão de pessoas.

Um ataque a Rafah multiplicaria esses números muitas vezes, além de demonstrar que, no terceiro milênio da era moderna, a humanidade evoluiu pouco desde os longínquos dias da idade da pedra.



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