d
Por Maria Josefina Arce
As mulheres cubanas estão se preparando para o 11º Congresso de sua organização, a FMC, que há mais de seis décadas representa os interesses desse importante segmento da população e apoia sua plena integração na sociedade.
O congresso da Federação de Mulheres Cubanas acontecerá no mês de março, após os debates realizados nas comunidades, porque, como afirmou a secretária-geral Teresa Amarelle Boué, tudo o que for analisado na reunião deve vir dos bairros.
Desde que o congresso foi convocado, em abril do ano passado, houve reuniões em todo o país para analisar os problemas que afetam esse setor, como melhorar o trabalho da organização que as representa e a atenção aos novos membros.
O evento deve abordar questões de grande impacto socioeconômico para o país, onde as mulheres desempenham um papel essencial, como a produção de alimentos, uma prioridade do governo.
Apesar do aumento da migração de zonas rurais para as cidades, nos últimos anos, as mulheres continuam sendo uma força importante no campo. As mulheres cubanas estão presentes na agricultura, pecuária, tabaco e silvicultura.
Além disso, as autoridades, juntamente com organizações e agências internacionais, lançaram projetos para incentivar a incorporação de mulheres em tarefas produtivas e seu desempenho em funções administrativas.
O congresso também discutirá as estratégias que serão desenvolvidas para erradicar a violência de gênero, um problema que, segundo o governo, ainda persiste na sociedade.
O país está trabalhando para atingir essa meta, porquanto, como disse o presidente cubano Miguel Díaz Canel, a revolução como um ato de justiça social é incompatível com a violência contra a mulher.
Trata-se, portanto, de uma questão constantemente debatida e avaliada pelas autoridades, ministérios, órgãos estatais e pela FMC, tanto assim, que o assunto foi discutido na 7ª Sessão Plenária do Comitê Central do Partido Comunista em dezembro passado.
Nos últimos meses, muito trabalho foi feito para garantir uma reunião de qualidade, em que predomine o debate crítico, que dará origem a estratégias que permitirão maior progresso no empoderamento das mulheres e na eliminação de todas as manifestações de discriminação.