Brincando com fogo

Editado por Irene Fait
2024-06-24 17:49:51

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Guterres falou sobre a situação no Líbano durante uma reunião do Conselho de Segurança. Imagen: AFP

Por Guillermo Alvarado

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, expressou preocupação com a possibilidade de Israel estender sua guerra contra a população civil na Faixa de Gaza para o Líbano, o que levaria a uma regionalização do conflito.

Vários analistas julgam que, se Tel Aviv intensificar seus ataques contra alvos fora de Gaza, mais países, especialmente o Irã, serão inevitavelmente forçados a se envolver na guerra, com consequências catastróficas para lá do Oriente Médio.

De acordo com Guterres, o risco de um conflito aberto na região é real e deve ser evitado. Um passo em falso, acrescentou, poderia causar uma catástrofe inimaginável, portanto, é hora de o mundo dizer bem alto e claro que a desescalada é possível e essencial.

Prolongar a guerra só garantirá mais sofrimento e devastação para as comunidades do Líbano e Israel e causará efeitos catastróficos em toda a região, disse.

A importância de acabar com os ataques sionistas a Gaza, que causam danos extraordinários à população palestina, está clara para todos.

Uma escalada além do enclave significaria internacionalizar o conflito com sérias consequências, principalmente se levarmos em conta o comportamento israelense, que não se corresponde com as normas e convenções internacionais sobre confrontos armados.

Não podemos esquecer que estamos falando numa potência nuclear que se gaba de violar as normas estabelecidas pela comunidade internacional, a inspeção de suas instalações e a declaração do tamanho de seus arsenais atômicos inclusive, e que ninguém pode garantir que não esteja preparada para usá-los.

Um fator que, de certa forma, tranquiliza, é que a posição política do primeiro-ministro sionista Benjamin Netanyahu em Israel está cada vez mais frágil porque a população está farta de uma guerra que se prolonga mais do esperado, e teme que as coisas saiam do controle.

No último fim de semana, cerca de 150.000 pessoas se manifestaram contra o chefe de Governo israelense em Tel Aviv, entoando slogans e cartazes com inscrições como "ministro do crime" e "pare a guerra".

As relações de Netanyahu com a liderança do exército também não parecem estar indo muito bem, prova disso foi a dissolução do chamado "gabinete de guerra", que era o principal elo entre o executivo e as forças armadas.

De qualquer forma, a guerra em Gaza continua, ceifando dezenas de vidas todos os dias no que já é uma violação em massa dos direitos humanos.



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