Argentinos defendem as universidades públicas

Editado por Irene Fait
2024-09-30 19:13:57

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Argentinos voltam às ruas para defender a Universidad Pública

Por María Josefina Arce

Esta semana, os argentinos voltarão às ruas em peso, porque está em perigo o funcionamento das universidades públicas, que são frequentadas por 80% dos mais de dois milhões de estudantes desse nível de ensino no país sul-americano.

A Universidade de Buenos Aires, uma referência na América Latina e até mesmo no mundo, enfrenta atualmente uma situação crítica devido ao programa econômico do governo presidido por Javier Milei, que tem como um dos pilares os cortes de verbas.

Os salários dos professores e trabalhadores não docentes, o funcionamento diário dessas instituições e o tão necessário trabalho científico estão sendo prejudicados.

Para completar, o presidente expressou sua decisão de vetar a lei de financiamento das universidades, aprovada há semanas pelo Congresso, que estipula uma atualização do orçamento e um aumento salarial para quem trabalham nessas instituições.

Por esse motivo, os argentinos voltarão às ruas na próxima quarta-feira em defesa das universidades públicas, que são essenciais para o desenvolvimento econômico e social da nação sul-americana.

Ricardo Gelpi, reitor da Universidade de Buenos Aires, destacou que estes são dias muito tristes, com salas de aula e laboratórios vazios, e advertiu que o futuro de grande parte do país, dos jovens, está em jogo.

A CGT, Confederação Geral do Trabalho, a maior confederação sindical da Argentina, participará da marcha para exigir ao governo de Milei mais verbas para as universidades públicas e aumento salarial para os professores levando em conta a inflação que chegou a 236% em agosto passado.

Já em abril passado, a Argentina foi palco de grandes manifestações em protesto contra as políticas econômicas do governo que afetam o ensino superior. 

Em Buenos Aires, a capital, mais de 800.000 pessoas se mobilizaram, e as manifestações também se alastraram a outras regiões do país.

Sob o pretexto de cuidar das contas públicas, o governo do Presidente Milei está colocando em risco o futuro da Argentina e, ao mesmo tempo, levando a população, 52,9% da qual vive atualmente na pobreza, a uma situação insustentável.



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