María Josefina Arce
Em seus esforços constantes para proteger a saúde da população, a ciência cubana estabeleceu novos desafios, dado o número crescente de pessoas infectadas com o vírus Oropouche relatado nos últimos meses na América Latina e sua presença no país caribenho.
Essa situação levou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a emitir um alerta epidemiológico em agosto passado, pedindo aos Estados membros que redobrassem a vigilância do vírus, que é transmitido principalmente pela picada de mosquitos infectados e do mosquito Culex.
Em Cuba, os primeiros casos foram detectados em maio passado nas províncias de Santiago de Cuba e Cienfuegos, mas o vírus vem se espalhando por todo o país, embora não tenha sido registrada nenhuma morte.
Diante desse cenário, a comunidade científica cubana redobrou seus esforços para obter um teste rápido para a doença, uma tarefa na qual o principal Centro de Imunoensaios está empenhado.
Além disso, o renomado Instituto Finlay de Vacinas está investigando a viabilidade ou não de um imunógeno para proteger contra a arbovirose.
De acordo com recente reunião de especialistas e cientistas sobre questões de saúde, conduzida pelo presidente cubano Miguel Díaz Canel, as pesquisas do prestigioso Instituto Pedro Kouri de Medicina Tropical levaram a conhecer melhor o vírus para um tratamento mais eficaz.
O trabalho permitiu a detecção do vírus em amostras clínicas de urina e líquido cefalorraquidiano e ao rápido atendimento dos pacientes.
Os avanços da pesquisa foram compartilhados com a comunidade científica internacional e com OPAS para ampliar o conhecimento sobre o Oropouche.
Por outro lado, continuam os estudos sobre vários aspectos, como o vínculo entre o meio ambiente, a doença e o vetor.
Cuba permanece atenta, e sua comunidade científica, bem preparada e comprometida com a saúde dos cubanos, está trabalhando incansavelmente para fornecer uma resposta abrangente e eficaz à doença.