Cuba
Por María Josefina Arce
Todos os anos, Cuba apresenta à Assembleia Geral da ONU seu projeto de resolução sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio mantido pelos Estados Unidos contra o povo cubano e que é amplamente repudiado pela comunidade internacional.
A condenação da medida unilateral e genocida marcou o ano de 2024. Governos, personalidades políticas e povos têm exigido repetidamente o fim dessa política hostil que tem um impacto negativo na vida cotidiana das famílias cubanas.
No segmento de alto nível da 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que começou em setembro passado, os líderes mundiais exigiram o direito da Ilha de viver sem bloqueio.
Os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Vietnã, To Lam, entre muitos outros, se pronunciaram nesse sentido.
Em seu discurso, o presidente de Angola, João Lourenço, afirmou que as sanções são injustas e desumanas, pois aumentam o sofrimento da população e impedem o progresso socioeconômico.
Esse clamor se multiplicou em várias partes do mundo, que reafirma seu NÃO ao bloqueio dos EUA. Vale lembrar que só de março de 2023 a fevereiro de 2024 o bloqueio norte-americano causou perdas a Cuba estimadas em mais de 5 bilhões de dólares, um aumento de quase 200 milhões de dólares em relação ao período anterior.
Houve muitas ações de solidariedade com a nação caribenha nos últimos meses. Recentemente, membros do Parlamento Europeu de diferentes grupos políticos assinaram carta denunciando o bloqueio dos EUA como ato de agressão política e clara violação da lei internacional.
A Câmara dos Comuns do Canadá recebeu uma petição que solicita aos Estados Unidos cessar o cerco econômico contra Cuba e insta o governo canadense a se somar à campanha internacional para que Washington acabe com sua política hostil.
Nos últimos dias, o jornal norte-americano The New York Times publicou uma carta endereçada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pedindo que reverta a dura política contra a nação caribenha de seu antecessor na Casa Branca, Donald Trump, que inclusive, em meio à pandemia da COVID 19, endureceu as sanções contra o povo cubano.
E no fim da semana passada, houve um intenso apoio a Cuba em sua demanda pela cessação do bloqueio. A solidariedade com o povo cubano ficou evidente em dezenas de países e em várias cidades dos EUA.
O mundo deixou claro em várias ocasiões que Cuba NÃO está sozinha em sua longa luta pelo fim dessa medida unilateral, que viola os direitos humanos básicos de um povo inteiro.