Dezesseis dias de campanha pelo fim da violência contra as mulheres

Editado por Irene Fait
2024-11-26 17:33:56

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Por María Josefina Arce

Desde 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e durante 16 dias decorre a Campanha UNA-SE da ONU para visibilizar ainda mais esse problema e revitalizar os compromissos em favor desse setor em cada nação e em nível global.

A iniciativa foi lançada em 2008 pedindo aos governos, a vários setores da sociedade, à mídia e ao sistema das Nações Unidas que unissem forças para enfrentar o que os especialistas chamam de pandemia.

Os números divulgados por organizações internacionais e regionais corroboram o fato de que a violência contra a mulher é um flagelo que, infelizmente, ainda está muito presente no mundo.

De acordo com ONU Mulheres, uma em cada três mulheres no mundo já foi vítima de violência e, para milhares de mulheres, esse ciclo termina com seu assassinato pelas mãos de alguém que  conhecem. Esse número permaneceu praticamente inalterado na última década.

A América Latina e o Caribe apresentam um panorama adverso, apesar dos avanços nas leis e protocolos, pois os padrões patriarcais e violentos continuam a prevalecer.

A CEPAL (Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe) revelou que 11 feminicídios são registrados todos os dias na região, um número realmente alarmante.

Somente no ano passado, ocorreram 3.897 assassinatos de mulheres em 27 países da região.

O último relatório da CEPAL sobre esse flagelo, que cita pesquisas nacionais, indica que entre 63% e 76% das mulheres sofreram algum tipo de agressão em diferentes âmbitos de suas vidas.

Os especialistas alertam que a violência afeta a saúde física, sexual e psicológica das mulheres em todas as fases de sua vida prejudicando sua educação, emprego e oportunidades. 

Este flagelo continua a ser um obstáculo à igualdade, ao desenvolvimento e à paz. E, como a ONU explica, a promessa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de não deixar ninguém para trás não pode ser cumprida sem antes acabar com a violência contra mulheres e meninas.



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