Imagen: Agua.org
Por María Josefina Arce
Várias regiões do mundo estão enfrentando o que os especialistas chamam de estresse hídrico. Entre os fatores que afetam a situação atual estão o crescimento populacional, a ação humana e as mudanças climáticas.
A ONU afirmou que a mudança climática é uma crise hídrica, pois seu impacto se traduz em secas e inundações que contaminam as fontes de abastecimento do precioso líquido, que não chega a todos de maneira equitativa.
O México viveu uma seca prolongada que durou até meados deste ano, o que afetou a população e também as atividades econômicas.
Trata-se, portanto, de um problema que está no centro das atenções do governo mexicano. Nesta direção, a presidente Claudia Sheinbaum acaba de apresentar o Plano Nacional de Água até 2030.
Garantiu que a visão neoliberal foi ultrapassada. Estamos falando num processo que havia começado com seu antecessor Andrés Manuel López Obrador e agora receberá um impulso maior para recuperar a água como um bem da nação e um direito humano.
Com um investimento de 20 bilhões de pesos em 2025, a estratégia do governo busca garantir o acesso equitativo a esse recurso natural, mitigar o impacto ambiental e promover uma gestão transparente.
Nesse caminho, serão executados projetos-chave, como a construção de infraestrutura hídrica em regiões críticas. Isso inclui barragens, aquedutos e sistemas de distribuição.
Além disso, se fará o saneamento de rios como o Lerma-Santiago, Atoyac e Tula, os mais poluídos do país pelo esgoto, plásticos e extração ilícita de areia e cascalho.
Da mesma forma, está prevista a modernização da irrigação em mais de 200 mil hectares de terras agrícolas, o que beneficiará cerca de 225 mil famílias e melhorará a produtividade.
O governo mexicano trabalhará nos próximos anos para garantir que a água esteja disponível para todos, seja um bem comum e não seja monopolizada por interesses privados, em detrimento dos cidadãos.