Milei contra a Saúde Pública na Argentina

Editado por Irene Fait
2024-12-05 16:48:06

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Foto: Nueva Pensamiento Crítico

Por María Josefina Arce

A política econômica do presidente da Argentina, Javier Milei, continua a causar estragos em áreas-chave como a saúde, que enfrenta corte no orçamento e um êxodo de profissionais devido à perda do poder de compra de seus salários em face da inflação.

A situação da saúde é realmente crítica. Os serviços essenciais nos hospitais públicos foram afetados. É o caso do hospital pediátrico mais importante do país sul-americano, considerado por especialistas como referência na América Latina.

O Hospital Garrahan trata 40% dos pacientes pediátricos com câncer e resolve 70% das cardiopatias congênitas complexas que exigem intervenção nos primeiros três meses de vida.

Na instituição, localizada em Buenos Aires, a capital, corre risco de ser eliminado um programa sensível que só existe nesse centro: o transplante de pulmão, e que ao longo dos anos salvou a vida de inúmeras crianças e adolescentes.

A situação é parecida em muitos hospitais do país, denunciaram os trabalhadores, cujos protestos impediram o fechamento anunciado pelo governo em outubro passado do Laura Bonaparte, especializado em saúde mental e vícios.

O tratamento gratuito para pacientes com HIV também poderia ser cortado. De acordo com relatos, o orçamento destinado a essa finalidade caiu em 67% este ano e, até 2025, espera-se uma redução ainda maior no financiamento.

Organizações não governamentais indicaram que o governo fornecerá 9.000 tratamentos a menos do que o necessário no próximo ano, embora não haja indícios de que vá diminuir o número de casos.

Os cortes orçamentários também afetaram o fornecimento de medicamentos, com maior impacto sobre os setores mais vulneráveis da sociedade.

As ações do governo Milei buscam uma redução do papel do Estado dando maior ênfase à privatização, o que tem um impacto negativo no acesso equitativo e na qualidade dos serviços de saúde.

Os argentinos saíram às ruas várias vezes este ano para exigir o direito à saúde pública de qualidade, que o atual governo de Javier Milei vem ameaçando.



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