Imagen: ARTHII
Por María Josefina Arce
A economia circular vem ganhando espaço no mundo; é um modelo com uma abordagem diferente da atual e que aposta no crescimento econômico responsável e sustentável.
O modelo econômico atual, segundo os especialistas, é perdulário, extrativista e causa o esgotamento dos recursos naturais, a poluição e as mudanças climáticas.
A economia circular, em troca, tem uma visão diferente da produção e do consumo, se concentra na otimização dos recursos e na minimização do desperdício.
Cuba também busca desenvolver essa alternativa, na qual os resíduos gerados em uma determinada atividade econômica podem ser usados como matéria-prima para outras indústrias.
O presidente cubano Miguel Díaz Canel enfatizou a necessidade de maximizar esse modelo e levá-lo a todo o país, onde já foram dados os primeiros passos.
Novas iniciativas estão sendo buscadas para serem inseridas nesse modelo. Assim, as autoridades de Havana convocaram os atores econômicos da província a apresentar propostas que contribuam para a gestão da cadeia de valor do papel e do papelão, levando em conta os princípios da economia circular.
A chamada para inscrições estará aberta até o início do próximo ano, inclusive micro, médias e pequenas empresas, cooperativas agrícolas e não agrícolas e trabalhadores autônomos.
Os selecionados terão acesso a espaços de capacitação, acompanhamento técnico e aquisição de insumos e equipamentos necessários para o desenvolvimento de seus projetos.
"Rumo a uma economia circular em Havana" conta com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento.
O país já tem sua estratégia nacional e inclui a economia circular em sua base legal e regulatória. A Lei do Sistema de Recursos Naturais e Meio Ambiente contém essa questão em uma de suas regulamentações.
Sem dúvida, trata-se de um desafio para Cuba, mas que contribuirá para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e, portanto, para o bem-estar de seus cidadãos.