@PresidenciaCuba
Por Roberto Morejón
O governo norte-americano de Joseph Biden finalmente retirou Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo no entendimento de Washington.
Além de injusta, a inclusão foi baseada em artifícios e falsidades e adotada por Donald Trump, no início de seu primeiro governo, para agradar a extrema direita da emigração de origem cubana.
O sucessor de Trump na Casa Branca, o democrata Joseph Biden, manteve a inclusão, apesar de sua inconsistência, rejeição e denúncias de Cuba.
Organizações de direitos humanos e congressistas dos EUA, bem como governos, entre eles o da Colômbia, também pediram a retirada de Cuba da espúria lista.
Desde sua posse, o presidente Gustavo Petro pediu aos Estados Unidos que tirasse Cuba, destacando o papel positivo desempenhado por Havana nas negociações de paz.
Outro presidente dos EUA, Barack Obama, havia retirado Cuba da relação adulterada em 2015, quando Washington e Havana deram um passo em direção à normalização das relações.
O governo de Havana denunciou em fóruns internacionais e em reuniões com contrapartes de outros países o impacto prejudicial da inclusão de Cuba na lista.
Essa designação mais o bloqueio dos EUA atuam como pesado fardo para a economia, as transações financeiras, o acesso ao crédito e o comércio.
Por esses motivos, Cuba enfrenta hoje uma grave escassez material que repercute no padrão de vida de seus cidadãos.
A aplicação do Capítulo III da Lei Helms-Burton, que sustenta a capacidade dos cidadãos norte-americanos de processar nos tribunais dos EUA a expropriação do que consideram seus bens em Cuba, também visa a aprofundar as dificuldades.
Pois bem, a Casa Branca informa que usará sua prerrogativa presidencial para impedir que tais ações sejam tomadas nos tribunais dos EUA.
Além das duas medidas mencionadas, o governo Biden eliminou a lista de entidades cubanas restritas, que designa um grupo de instituições com as quais cidadãos e instituições norte-americanas estão proibidos de realizar transações financeiras, o que teve efeito em terceiros países.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba descreve os anúncios como passos na direção certa, embora limitados.
E recorda a persistência do bloqueio e muitas das dezenas de medidas coercitivas implementadas em 2017 para reforçá-lo.
Para os cubanos, está claro que as medidas de Washington deveriam ter sido tomadas muito antes, pois havia argumentos demais, sem falar que é injustificável a permanência de políticas cruéis para asfixiar um país vizinho.
O governo cubano acaba de reafirmar que continuará a confrontar e denunciar essas políticas.
Mas, observa, permanecerá aberto a uma relação de respeito com os Estados Unidos, baseada no diálogo e na não interferência nos assuntos internos de cada um.