Por María Josefina Arce
Para este ano, o governo colombiano, liderado por Gustavo Petro, estabeleceu como meta continuar a promover a reforma agrária, com a entrega de novas terras aos camponeses.
É um dos pontos incluídos no Acordo de Paz assinado em 2016, em Havana, entre o governo do então presidente Juan Manuel Santos e a ex-guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo.
Petro ressaltou que esse processo não pode ser interrompido, porque a fonte dos problemas do país é a imensa desigualdade que prevalece há décadas na zona rural.
A Colômbia é a nação mais desigual da América Latina em termos de propriedade e distribuição de terras, já que a maior parte está nas mãos de poucos.
No ano passado, de acordo com informações oficiais, o governo adquiriu mais de 186.000 hectares de terra, que foram entregues a comunidades camponesas, indígenas e negras.
Nos pouco mais de dois anos do mandato de Petro, foi dado um impulso considerável à reforma agrária. Nesse contexto, também foram criadas 11 zonas de reservas camponesas, que demonstram o reconhecimento dos direitos desse setor da população e promovem a segurança alimentar.
A criação dessas zonas também facilita a implementação abrangente de políticas de desenvolvimento rural, protege os recursos naturais e regulamenta a ocupação e o uso de terrenos vazios.
Um aspecto importante da transformação é a participação das comunidades, que, por meio dos Comitês Municipais criados pela Agência Nacional de Terras, propõem soluções para a entrega dos terrenos e seu uso produtivo.
Os especialistas enfatizam que esse reconhecimento dos direitos à terra das comunidades camponesas e étnicas também favorece a construção da paz na nação sul-americana.
O governo do presidente Gustavo Petro está empenhado em saldar uma dívida antiga com os habitantes do campo. Hoje, milhares de famílias viram realizado o sonho de poder desenvolver seus projetos produtivos e melhorar suas condições de vida.