A poucas horas da votação na Assembleia Geral da ONU de um novo projeto de resolução contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba, vigente há mais de 50 anos, tudo indica que novamente o povo cubano contará com o apoio da imensa maioria da comunidade internacional.
Ao longo do período de sessões desse órgão das Nações Unidas, chefes de Estado, de governo e representantes de numerosos países têm rechaçado essa política norte-americana, que além de gerar dor, sofrimentos e dificuldades nas famílias cubanas, ocasionou nas últimas décadas prejuízos por mais de um trilhão de dólares.
Nos debates, os oradores exigiram o fim dessa medida unilateral e reconheceram a contribuição de Cuba ao desenvolvimento de muitos países do Sul, apesar das carências e restrições ocasionadas por essa política de Washington.
Nos últimos dias houve vários pronunciamentos contra o bloqueio. O parlamento venezuelano denunciou que a aplicação dessa forma de pressão econômica, comercial e financeira é acompanhada por estratégias que fortalecem a hostilidade à Revolução e ao povo cubanos.
No México, o Partido Popular Socialista indicou que o cerco imposto pelos EUA dificulta o desenvolvimento de Cuba e tem caráter extraterritorial. A Câmara Baixa do parlamento russo condenou a política norte-americana e chamou os membros da ONU a apoiarem a resolução a ser apresentada na terça-feira.
A Assembleia Geral da ONU tem aprovado mais de 20 documentos semelhantes, que ressaltam o caráter injusto e prolongado do bloqueio, uma medida que viola os direitos humanos e constitui crime de genocídio. No ano passado, a resolução foi apoiada por 188 nações. Só dois países votaram contra: EUA e Israel.
Por isso, o prognóstico é de que nesta terça-feira novamente a Assembleia Geral da ONU vai espelhar o clamor da comunidade internacional contra o bloqueio econômico a Cuba, e os EUA voltarão a ficar isolados em sua postura unilateral e hostil.
(M.J. Arce, 27 de outubro)