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Por María Josefina Arce
Desde o instante em que assumiu a presidência dos Estados Unidos, no dia 20 de janeiro, Donald Trump atacou Cuba. Não demoraram a chegar suas ações contra a nação caribenha e o seu povo, já submetido há mais de seis décadas a um desumano bloqueio norte-americano, condenado com veemência pela comunidade internacional.
As novas medidas anunciadas pelo Secretário de Estado Marco Rubio reforçam a guerra econômica contra Cuba e colocam ainda mais barreiras para seu progresso socioeconômico.
Como assinalou o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, este novo ato de agressão dos Estados Unidos mostra mais uma vez o verdadeiro, cruel e impiedoso objetivo destas e de tantas outras medidas de cerco e asfixia que se aplicam contra Cuba com fins de dominação.
A chancelaria cubana adverte que essas ações poderiam ser o prelúdio de outras medidas que o governo norte-americano tem projetado desde 2017, para poder apertar ainda mais, de forma gratuita e irresponsável, o cerco contra nosso país, em busca de novos e evitáveis cenários de deterioração e confronto bilateral.
Em seu segundo mandato, portanto, Trump está retomando sua política de linha dura contra o povo cubano que tinha implementado quando ocupou a presidência pela primeira vez, de 2017 a 2021.
Uma política que mostrou seu caráter genocida. Não devemos esquecer que, quando o mundo estava passando por uma emergência de saúde devido à COVID 19, o governo Trump apertou o cerco econômico contra a nação caribenha.
Cuba foi prejudicada em seu acesso a medicamentos e suprimentos necessários para o cuidado dos doentes e que podiam fazer a diferença entre a vida e a morte.
Agora, como da última vez, o presidente norte-americano reativou o controverso Título Três da Lei Helms-Burton, aprovada pelo Congresso dos EUA em 1996, que codifica o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington e destaca sua natureza extraterritorial.
Essa lei abre a possibilidade de mover uma ação nos tribunais dos EUA contra indivíduos e entidades, mesmo de terceiros países, que invistam em território cubano em propriedades nacionalizadas após o triunfo da revolução em janeiro de 1959.
Organizações cubano-americanas, legisladores, grupos econômicos, líderes religiosos e associações de solidariedade questionaram a postura de Washington contra Havana que contraria o direito internacional e busca restringir os investimentos em território cubano.
O atual governo de Donald Trump está tomando novamente medidas criminosas contra Cuba que foram amplamente repudiadas internacionalmente e que, como tinha denunciado o presidente cubano Miguel Díaz Canel, se baseiam em mentiras para tratar de justificar o bloqueio contra o povo cubano.