Apesar das dificuldades, a indústria cubana busca substituir importações

Editado por Irene Fait
2025-02-12 17:16:49

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Imagen: Cubadebate

Por Roberto Morejón

A indústria tem sido um dos ramos mais atingidos em Cuba pelo bloqueio dos Estados Unidos, política que se intensificou desde o primeiro mandato de Donald Trump. Diretores, técnicos, empresários e trabalhadores estão buscando recursos com suas próprias forças a fim de superar os desafios.

De março de 2023 a fevereiro de 2024, os danos causados pelo bloqueio norte-americano à indústria nacional e ao seu sistema de negócios foram avaliados em mais de 1,3 bilhão de dólares.

O prejuízo decorre da perda de receita por exportações de bens e serviços, da realocação do comércio, de danos tecnológicos e da escassez de combustível.

Nesse cenário desfavorável, a indústria nacional está tentando alcançar a complementaridade e a integração em prol do desenvolvimento dando ênfase à inovação, à aplicação da ciência e à substituição de importações.

Os executivos enfatizam o fortalecimento de alianças estratégicas com fornecedores e clientes para aumentar o uso das capacidades industriais e produtivas. Trata-se de uma tarefa muito difícil dadas as dificuldades da economia cubana.

Apesar disso, a indústria cubana está trabalhando em projetos importantes, como uma fábrica para produzir oxigênio medicinal no leste do país, e a modernização da empresa siderúrgica da capital, a Antillana de Acero (Antilhana de Aço).

Em análise recente do comportamento do setor em 2024, foram apontadas deficiências, como o não aproveitamento da economia circular, a perda da cultura de reciclagem e a necessidade de ampliar os bons exemplos de criatividade.

Com o agravamento da escassez de materiais, a indústria está pagando as consequências, mas persiste em buscar soluções na produção doméstica para atender às necessidades do país e para exportação.

Nessa direção, fortalece as alianças entre a empresa estatal, espinha dorsal da produção, e as formas não estatais de gestão e investimento estrangeiro. 

Não se descuida do que podem oferecer as universidades e os centros de pesquisa, levando em conta que são fontes indispensáveis de conhecimento e procedimentos para a implementação da Política de Desenvolvimento Industrial.

Assim, apesar da situação econômica adversa, os cubanos persistem no desenvolvimento da indústria nacional, dada sua participação no fornecimento de alimentos, na recuperação do sistema de energia elétrica e da indústria açucareira, além de entregar peças de reposição para o transporte.



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