Desigualdades no mercado de trabalho persistem na América Latina e Caribe

Editado por Irene Fait
2025-02-17 11:37:32

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Desemprego na América Latina e no Caribe

Por María Josefina Arce

Embora no ano passado houvesse um leve declínio na taxa de desemprego, América Latina e o Caribe não conseguiram decolar com força e as desigualdades persistem no mercado de trabalho, onde a alta informalidade continua.

Um novo relatório da OIT mostra uma realidade complicada na região. Ana Virginia Moreira, diretora da Organização Internacional do Trabalho para a América Latina e o Caribe, destacou que o crescimento econômico está desacelerando e que há deficiências estruturais na geração de empregos.

De acordo com a agência, as desigualdades de gênero e as lacunas urbano-rurais continuam sendo barreiras cruciais para um mercado de trabalho mais equitativo.

As mulheres continuam em desvantagem em relação aos homens. Elas representam apenas um pouco mais de 52% da força de trabalho, enquanto seus salários são 20% mais baixos.

A insegurança no emprego também está em foco, com uma taxa de quase 48% no ano passado. Isso significa que a renda de quase a metade dos trabalhadores da América Latina é instável, carecem de previdência social e economicamente são vulneráveis.

A OIT também alerta sobre as perspectivas para os jovens, suas oportunidades de emprego são limitadas, de acordo com o relatório.

Aliás, esse foi um dos segmentos populacionais mais afetados pela pandemia da COVID-19, o que agravou a tendência de desemprego entre os jovens.

Esse é o quadro em nível regional, mas houve nações como o Brasil que exibiram um bom ritmo de geração de empregos desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência em janeiro de 2023.

As estatísticas mostraram que, nos primeiros nove meses do ano passado, mais de um milhão de empregos foram criados e que todos os estados da nação sul-americana registraram crescimento nessa área.

Diante de uma recuperação desigual do emprego e da persistência da informalidade, são necessárias ações concretas e urgentes, pois trabalho de qualidade, como apontam os especialistas, é vital para a prosperidade dos cidadãos e o progresso econômico dos países.



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