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Por: María Josefina Arce
Em dezembro passado, a Rede Latino-Americana e Caribenha de Solidariedade Continental convocou a Maratona do Amor com Cuba para 2025, visando juntar ações contra o bloqueio desumano que os Estados Unidos mantêm contra o povo cubano há mais de seis décadas e que é o mais longo da história.
E no âmbito desta iniciativa em El Salvador organizações de solidariedade estão prestes, para o próximo domingo se manifestar contra o bloqueio económico, que só de março de 2023 a fevereiro de 2024 causou prejuízos de mais de 5 bilhões de dólares, o que representou um aumento de 189 milhões em relação ao período anterior.
Na Praça Morazán, no centro histórico de San Salvador, na capital,vão se encontrar amigos das Grandes Antilhas e pessoas que amam a paz e a verdade.
Será uma ocasião propícia para condenar as mais recentes medidas da administração de Donald Trump, encaminhadas a sufocar Cuba.
Desde a sua chegada à presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, Trump retomou a sua política dura contra a nação caribenha, que já tinha implementado durante o seu primeiro mandato, de 2017 a 2021.
O inquilino da Casa Branca incluiu mais uma vez Cuba na lista ilegítima dos Estados Unidos de países supostamente patrocinadores do terrorismo.
Dias antes, o seu antecessor, Joe Biden, tinha retirado a nação caribenha dessa relação, uma medida descrita pelas autoridades cubanas como tardia, mas no caminho certo.
A decisão de Trump reforça o bloqueio criminoso, pois impacta negativamente todas as áreas da vida socioeconómica do país, ao negar-lhe fontes de financiamento.
Especialistas em direitos humanos expressaram a sua rejeição à acção da administração Trump, que, observaram, causará graves danos ao bem-estar dos cubanos.
Assim, os salvadorenhos também denunciarão esta medida, que é vista como mais um ato de coerção unilateral que vai contra as resoluções da ONU sobre a ilegalidade de disposições desta natureza e as graves repercussões para os direitos humanos. x
Ao longo dos meses vão continuar as ações em favor do povo cubano, como as habituais reuniões de Solidariedade que decorrem nas nações da região e noutras latitudes.
Este será, sem sombra de dúvida, um ano de intensa solidariedade com Cuba, que, como o mundo tem demonstrado repetidamente, não está sozinha na sua luta pelo levantamento do bloqueio norte-americano, condenado ano após ano pela ONU.