As ruas acordam nos EUA

Editado por Irene Fait
2025-04-07 11:03:40

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Manifestações nos EUA contra Donald Trump

Por Guillermo Alvarado

Resistam, não será fácil, mas o resultado final será histórico, pediu o presidente Donald Trump aos cidadãos dos Estados Unidos, em busca de apoio à sua guerra comercial contra o mundo. De fato, as pessoas já começaram a resistir, mas não do jeito que Trump esperava.

No fim da semana passada, houve manifestações em 1.200 cidades dos 50 estados para rejeitar as medidas adotadas por Trump e seu braço direito, o bilionário Elon Musk, tanto em termos de tarifas quanto de demissões em massa no setor público e a caça aos imigrantes sem documentos.

Com base em ordens executivas - já são mais de 200 - o chefe da Casa Branca subverteu a ordem legal desse poder e ele está prejudicando de uma forma que poderia ser irreparável as relações internacionais com seus parceiros, aliados, apoiadores e adversários.

A segunda versão do governo desse presidente está demonstrando o velho princípio de que os Estados Unidos não têm amigos, só têm interesses, só que desta vez foi longe demais e as consequências já começaram a ser muito drásticas, tanto para ele politicamente quanto para seu país, que parece estar caminhando rumo a uma grave crise social e econômica.

Milhões de pessoas marcharam em todo o país, e no exterior, para exigir que Trump mantivesse as mãos longe de suas vidas, de seus salários, seus empregos, seus serviços de saúde e educação, sua luta por moradia decente e seu bem-estar cada vez mais precário.

O colapso dos mercados financeiros, que pode se aprofundar ainda mais nesta semana acabou com as economias de muitas famílias em um país onde é comum que pessoas invistam em ações de várias empresas ou em títulos do Tesouro.

Durante as manifestações contra o executivo norte-americano, foram lidos slogans como "Trumpistas para o lixo", "democracia não oligarquia", "não queremos reis" e "salvem a Previdência Social”.

As manifestações contaram com a presença de jovens, aposentados, profissionais, representantes de minorias étnicas, algumas dos quais não são exatamente minorias naquele país. Vale recordar que EUA surgiu de um caldeirão de raças mesmo que isso incomode representantes do setor "branco, anglo-saxão e protestante".

Já sabemos que Trump não tem sensibilidade política para se importar com o desconforto das pessoas, mas alguém de sua equipe deveria tomar nota da perda acelerada de apoio ao governo, justamente entre alguns segmentos que votaram nele. Da mesma forma, seria bom revisar a história do período da queda e liquidação do Império Romano, por mera precaução.



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