Luisa González afirma que continuará a luta

Editado por Irene Fait
2025-04-14 17:12:25

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Captura de pantalla de El Comericio Perú

Por Roberto Morejón

Com ampla margem, o que chama a atenção após um primeiro turno apertado, o candidato presidencial Daniel Noboa foi declarado vencedor no segundo turno das eleições no Equador, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral. A candidata da oposição Luisa González não aceitou a decisão do Conselho.

A candidata de uma aliança de partidos, incluindo a Revolución Ciudadana, disse que exigirá uma nova contagem de votos e que se abram as urnas, depois de afirmar que o Equador está vivendo o que descreveu como uma ditadura.

A candidata, em quem as classes mais pobres depositaram suas esperanças e com quem o movimento indígena fez um pacto, considera que as eleições de domingo são a fraude mais grotesca da história do país.

O Conselho Nacional Eleitoral, famoso por não agir independentemente do governo, declarou reeleito Daniel Noboa, candidato da Ação Democrática Nacional, de direita.

Assim chegava ao fim as eleições sob fortes medidas de segurança, com a mobilização de quase 100.000 policiais e militares, e depois que o presidente-candidato tivesse estabelecido o estado de exceção.

Luisa González enfrentou não apenas um oponente, mas também o presidente em exercício, que, de acordo com as denúncias, gastou quase US$ 500 milhões na campanha para promover seus planos de governo, visando, segundo ele, acabar com a violência.

Embora devesse ter deixado a presidência enquanto fazia proselitismo, Noboa não o fez e tinha outras facilidades sendo filho do magnata da banana e cinco vezes candidato à presidência Álvaro Noboa.

Nos últimos 18 meses, Daniel Noboa atuou como chefe de Estado, mas a população não viu nenhum sucesso na luta contra o crime organizado e os cartéis de drogas. 

Os homicídios se multiplicaram mais de seis vezes no Equador desde 2018, enquanto três das cidades estão na lista das dez mais perigosas do mundo.

O país sul-americano também sofre com altos índices de pobreza e desigualdade gerados por reformas neoliberais, que foram implementadas por Lenín Moreno a Noboa.

Os equatorianos, que também carrega, o peso da deterioração da infraestrutura elétrica, viram a emigração como válvula de escape.

Quase 95.000 pessoas deixaram o país em 2024, o segundo maior êxodo dos últimos oito anos.

Nesse contexto turbulento, os cidadãos voltaram às urnas, cansados pelo declínio das instituições e em meio a denúncias da oposição de atas não assinadas, mas admitidas, e anomalias na votação no exterior, como ocorreu em Caracas, ao lhe negarem aos equatorianos o direito de votar no consulado.

Por causa de todos esses elementos, a candidata Luisa González diz que se recusa a acreditar que o povo reconheça a mentira em vez da verdade.



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