Cuba, sem abrir mão de suas históricas conquistas sociais, está mergulhada num processo de aperfeiçoamento de sua economia. O propósito é construir um socialismo próspero e sustentável, cujo foco central é o bem-estar do cidadão.
Na atualização do modelo econômico cubano o investimento estrangeiro ocupa um espaço importante, com vistas a desenvolver as exportações, substituir compras no exterior, atrair novas tecnologias e gerar empregos, além de modernizar a infraestrutura tecnológica do país.
A CEPAL, Comissão Econômica para América Latina e o Caribe, considera que este processo foi bem analisado para evitar o que ocorreu noutras nações, onde o bem-estar da população ficou num segundo plano e cresceram as desigualdades sociais.
Recentemente, a secretária executiva da entidade, Alicia Bárcenas, afirmou que as decisões tomadas pelas autoridades cubanas têm sido muito acertadas. Disse que o conteúdo da nova Lei de Investimentos e do Código Trabalhista mostra como estão sendo protegidas as pessoas em meio às transformações em curso.
Os setores da saúde e educação continuam como estão, porque são considerados direitos humanos essenciais desde a vitória da Revolução cubana em janeiro de 1959. O governo garante seu caráter gratuito e de acesso universal, sem fins de lucro.
A procura de investimento estrangeiro é dirigida a outros setores, e o propósito é incentivar o desenvolvimento econômico e social a curto, médio e longo prazos.
Nesse esquema estão incluídas a construção civil, energia renovável, indústria de alimentos e biotecnologia. Aliás, os produtos biotecnológicos cubanos são bem aceitos em muitas nações, graças a sua eficácia no tratamento de várias enfermidades, entre elas o câncer.
A CEPAL considera que Cuba tem muitas possibilidades pela frente, principalmente pelo alto nível do seu capital humano. Também, um marco legal apropriado e transparente, que propicia a entrada de capital estrangeiro.
Destaque para a nova Carteira de Oportunidades para o Investimento do Exterior, criada para facilitar o processo. Nela aparecem 246 projetos distribuídos pelo território nacional.
O documento será muito útil para os homens de negócios presentes na 32ª Feira Internacional de Havana, aberta no domingo passado.
(M.J. Arce, 3 de novembro)