Neste ano, o governo do Brasil tenciona ampliar o programa “Mais Médicos”, concebido para dar resposta às necessidades da população em termos de saúde pública.
O projeto, iniciado em julho de 2013, teve um impacto positivo ao levar esse serviço aos lugares mais afastados da nação e às comunidades carentes. Essa estratégia será mantida pelas autoridades, que esperam aumentar o número de municípios beneficiados até 5.570.
A prioridade é dar cobertura às comunidades com alto índice de pobreza e baixo desenvolvimento humano, bem como a periferia das grandes cidades.
Mais de 50 milhões de brasileiros foram incluídos no programa, do qual participam muitos médicos cubanos. A iniciativa permitiu tornar mais humano e solidário o atendimento médico público nesse país da América do Sul.
O trabalho dos médicos cubanos, todos com experiência anterior em missões noutros países, tem sido reconhecido pela população e as autoridades dos lugares aonde foram destinados. Destaca-se seu esforço e profissionalismo.
Dos quase 14.500 médicos contratados no programa, 11.429 são cubanos e 1.187 de outros países. Os demais são brasileiros.
Pesquisas de opinião realizadas no final do ano passado mostraram que 95% dos cidadãos aprovam o “Mais Médicos”, e apontam que a atenção de saúde melhorou nesses lugares com essa iniciativa. Os entrevistados ressaltam o aumento do número de consultas, a presença de médicos todos os dias nos postos de saúde e o bom atendimento oferecido por eles.
A presidente Dilma Rousseff, ciente da necessidade de garantir a continuidade do programa, autorizou a abertura de cursos de medicina em 39 pequenas cidades. O propósito é que os médicos do interior possam se formar perto de seus lugares de origem, contribuindo assim a sua permanência lá após graduados.
Os resultados mostram o erro cometido pelos que no começo rechaçaram o projeto do governo brasileiro e colocaram em dúvida a capacidade dos profissionais contratados.
O “Mais Médicos” surgiu para ficar, porque demonstrou sua utilidade e importância no processo de transformação do sistema de saúde pública no Brasil, em benefício de toda a população, principalmente dos segmentos mais humildes.
(M.J. Arce, 19 de janeiro)