Nesta semana decorre em Havana, a capital de Cuba, o congresso internacional “Pedagogia’2015”, considerado o evento mais importante desse setor no país. Em cada edição, participam milhares de educadores, pesquisadores e funcionários cubanos e de outros países.
Um dos temas da agenda é o resultado da aplicação do método audiovisual cubano de alfabetização “Yo sí puedo”, com resultados notáveis na Venezuela, Bolívia, Nicarágua e dezenas de outras nações. O sistema é flexível, e pode ser adaptado a idiomas, dialetos e contextos culturais diferentes, utilizando poucos recursos.
Mais de nove milhões de pessoas aprenderam a ler e escrever, principalmente na América, África e Oceania, através do “Yo sí puedo”. O método tem sido reconhecido pela UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
A pedagoga cubana Leonela Relys, falecida recentemente, foi quem levou à prática a ideia colocada pelo líder histórico da Revolução, Fidel Castro. Logo depois, o método foi utilizado no Haiti e aprimorado com material audiovisual. Mostrou que era apropriado para nações em desenvolvimento pelo baixo investimento necessário.
Cabe recordar que o “Yo sí puedo” recebeu o Prêmio Rei Sejong, entregue pela UNESCO. Nesta edição do congresso internacional de Pedagogia, em Havana, mais uma vez são abordados os resultados e benefícios de sua aplicação.
Aliás, esta iniciativa se insere na colaboração de longa data de Cuba com outros países no setor da educação. O programa cubano “Educa teu filho”, dirigido às crianças em idade pré-escolar, também foi elogiado pela UNESCO por promover o desenvolvimento integral.
Ao se referir à participação estrangeira no evento, a ministra cubana de Educação, Ena Elsa Velázquez, apontou que significa um reconhecimento aos avanços do país e à solidariedade a outros povos nesse setor.
(M.J. Arce, 26 de janeiro)