Nos últimos meses a diplomacia cubana mantém uma vertiginosa atividade que reafirma a posição de Cuba no contexto internacional. A cada dia cresce o reconhecimento das conquistas da Revolução e sua contribuição para a paz e o desenvolvimento no mundo.
Como parte desta dinâmica temos a bem sucedida participação de Cuba na Cúpula das Américas no Panamá há pouco mais de um mês, onde o presidente Raul Castro fez um discurso qualificado de histórico .
Recentemente, o presidente cubano fez uma extensa viagem que o levou à Argélia, país do norte da África com o qual a ilha têm laços de amizade. Raul Castro continuou à Rússia, onde participou das comemorações do aniversário 70 da vitória contra o fascismo. O trajeto terminou na Itália e com uma visita ao Vaticano.
Praticamente sem tempo para mais, Raul voltou a Havana e recebeu o presidente francês, François Hollande. O mandatário é o primeiro chefe de Estado francês que visita Cuba. Dias atrás, estiveram entre outros, o ministro do Exterior do Japão, Fumio Kishida, e o dos Países Baixos, Bert Koenders. Ambos os ministros expressaram o interesse de seus respectivos países para aprofundar os laços diplomáticos e comerciais com Cuba.
Nesta segunda-feira, chega em visita oficial o presidente da Sérbia, Tomislav Nikolic, que realizará conversações do mais alto nível durante sua estancia na capital cubana.
Além disso, na quinta-feira terá lugar uma nova rodada de negociações para o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos. O processo atrai a atenção da comunidade internacional já que põe fim a mais de 50 anos de tensões causadas pelas políticas agressivas e unilaterais ditadas pelos sucessivos governos norte-americanos.
Enquanto as negociações avançam, Cuba advertiu que a contradição principal, o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto há mais de meio século, continua em vigor com todos os seus efeitos negativos. A normalização das relações bilaterais só vai ser possível se for eliminada essa medida e o governo norte-americano devolver o território que ocupa ilegalmente desde o início do século passado na Baía de Guantánamo.
Se bem Cuba nunca esteve sozinha, hoje Havana é um verdadeiro cruzar de caminhos, que exemplifica o princípio do prócer José Martí de que “uma ideia justa desde o fundo duma caverna, pode mais que um exército”.
(G.A – 18 de maio de 2015)