Bolivianos se preparam para referendo

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-02-11 09:08:19

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À medida que se aproxima o dia 21 de fevereiro, diferentes setores sociais bolivianos intensificam a campanha em prol da recandidatura do presidente Evo Morales e do vice Álvaro García Linera nas eleições gerais de 2019.

No próximo dia 21 se realizará uma consulta nacional na que os bolivianos manifestarão se aceitam ou não modificar a Constituição e permitir que Morales e Garcia Linera possam concorrer de novo aos postos de presidente e vice nos pleitos de 2019.

Se triunfar o SIM no referendo, o povo boliviano terá a oportunidade de decidir se esta chapa do MAS – Movimento ao Socialismo – pode ou não continuar e cumprir os objetivos da Agente Patriótica pelo bicentenário de independência do país, a comemorar-se em 2025.

Para muitos, a consulta será determinante para o futuro da Bolívia, isto porque apostam em manter e aprofundar as mudanças que tiveram lugar nos últimos dez anos e que beneficiaram especialmente os segmentos mais pobres, os marginalizados durante décadas de políticas neoliberais.

Em verdade, a Bolívia deixou de ser um pobre e instável politicamente, teatro de constantes golpes de Estado. Após a vitoria de Evo Morales nas eleições de 2006, o país exibe uma estabilidade política e econômica que beneficia a população toda.

Dono de seus recursos naturais, destina as receitas aos programas sociais que permitiram tirar mais de dois milhões de bolivianos da miséria e que contam, hoje em dia, com acesso à saúde e à educação.

Em 2008, a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – declarou a Bolívia Território Livre de Analfabetismo. Tal façanha foi alcançada através de uma campanha que ensinou a ler e escrever com o método cubano de alfabetização “Yo sí puedo”.

Para os analistas, poucos países no mundo obtiveram em tão pouco tempo os avanços econômicos, sociais e culturais registrados na Bolívia, cuja média de crescimento anual é de cinco por cento, um dos mais elevados na região.

Em meio a este panorama, a direita lançou mão dos ataques contra Morales. As autoridades denunciaram que a oposição vem desdobrando uma campanha de mentiras para impedir a vitória do SIM no referendo e assim tentar preparar o caminho para a volta ao passado neoliberal.

Porém a direita é rechaçada até nas redes sociais. A maioria do povo boliviano apoia a mudança da Constituição de tal maneira que se torne possível reeleger Evo Morales e o vice Álvaro Garcia Linera para continuar vivendo num país estável política e economicamente, onde todos sejam ouvidos sem distinção.

 



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