Estados Unidos dirige campanha contra Evo Morales

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-02-12 11:05:01

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Numerosas denúncias revelam que os Estados Unidos está se intrometendo na Bolívia: pretende desviar a vontade do povo no referendo organizado para decidir se o presidente Evo Morales e seu vice Álvaro Garcia Linera podem se candidatar de novo para seus respectivos cargos nas eleições de 2019.

O próprio chefe de Estado boliviano denunciou que as manobras da direita para desmoralizar seu governo e impor o NÃO na consulta popular vêm de Washington. Outros meios confirmam a denúncia.

Um longo artigo do analista argentino Atilio Borón, publicado no jornal mexicano La Jornada e intitulado “Bolívia, o NÃO nasce em Washington”, denuncia que agências norte-americanas dedicadas à subversão, como o Instituto Nacional Democrata NDI e o Instituto Republicano Internacional IRI, atuam por meio de diferentes operadores no país andino.

O NDI foi fundado em 1983, sua sede fica em Washington, e tem escritórios em mais de cinquenta países, além disso organiza e treina grupos afins aos interesses dos Estados Unidos sob a cobertura de promover a democracia e fortalecer organizações políticas e civis. Tudo isso, naturalmente, em países cuja soberania e independência incomoda muito a Casa Branca.

O NDI sustenta relações estreitas com a Agência Central de Inteligência – CIA – e desde agosto passado articula ações com opositores bolivianos, como Soledad Chapetón, e representantes de Rubén Costas, Samuel Doria Medina e Luis Revilla.

Seu principal objetivo é dirigir uma campanha suja com o propósito de desmoralizar o presidente Evo Morales e, para conseguir isso, mandou à Bolívia “especialistas” em ação política, como o chileno Claudio Artíz e os peruanos Celicia Ormeño e Rafael Sotomayor.

Por sua vez, o IRI, criado pelo Partido Republicano e dirigido pelo ex-candidato presidencial John McCain, tem credenciais conhecidas na América Latina: foi promotor ativo do golpe de Estado contra Manuel Zelaya em Honduras e, hoje, é responsável direto pela instabilidade política no Haiti.



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