Após a frágil vitória no referendo sobre as reformas constitucionais, que todos sabem foi conquistada à base de uma guerra suja sem precedentes na Bolívia, a direita conservadora pretende agora derrubar o presidente Evo Morales, denunciaram altos funcionários do executivo dessa nação.
A ministra de Transparência e Luta contra a Corrupção Lenny Valdívia disse que o chefe de Estado está sendo atacado sem piedade nas redes sociais, onde são difundidas mensagens destinadas a prejudicar a imagem do governante e enfraquecer sua gestão.
Carentes de outros argumentos, porque os resultados de uma excelente gestão de 10 anos devolveram a dignidade ao povo e deram um lugar sólido ao país na palestra mundial estão à vista de todos, os opositores lançam mão da mentira, calúnia e agressões pessoais para ensombrecer a imagem de Evo.
Uma das últimas manobras é a ridícula pretensão de converter um episódio de sua vida íntima num problema de Estado. Nesta direção, contam o apoio da grande imprensa, ao serviço da oligarquia e que tomou o cuidado de não mencionar os avanços extraordinários da Bolívia nos últimos dez anos.
Gabriela Zapata, uma ex-namorada do presidente, aproveitou alguns contatos pessoais no executivo para presumivelmente cometer atos ilícitos, pelos que agora está presa enquanto se investigam os pormenores do caso.
O vice-presidente Álvaro García Linera afirmou que os irmãos de Zapata têm relações com dirigentes opositores, especialmente com Jorge Quiroga e Samuel Doria Medina, que estariam por trás de toda a algazarra para desmoralizar o presidente.
À margem das baixarias políticas de seus opositores, Evo está calmo, e recorda a seus simpatizantes que se perdeu a consulta popular, mas a luta pela construção de um país melhor, mais justo e solidário continua.
“Perdemos uma pequena batalha contra o império, mas a guerra continua, a luta continua, vamos continuar com mais forças”, assegurou.
Infelizmente, disse Evo Morales, a direita não quis um debate programático ou ideológico nem durante a campanha pelo referendo, nem depois de terem sido divulgados os resultados, preferiu a guerra suja.
O presidente recordou que à diferença dos opositores, o Movimento ao Socialismo tem, sim, um programado traçado, que passa por reduzir drasticamente a pobreza a 7 ou 8 por cento até 2020, e erradicá-la para 2025.
O executivo também não desistirá dos projetos de investimentos destinados
a converter a Bolívia no coração energético da América do Sul, aproveitando sua privilegiada posição geográfica e suas fronteiras com numerosos países.
Diante destes programas, seus adversários, com o apoio dos Estados Unidos e as forças conservadoras da região, apelam à desinformação, às calúnias e ao jogo sujo, as armas favoritas dos que sentem saudade do passado genuflexo.