Cuba alivia consequências em seres humanos da catástrofe de Chernobil

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-04-28 09:43:47

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Olga Sakovich é uma das 155 mil pessoas nascidas na Ucrânia que emigrou depois da catástrofe de Chernobil. Ora vive na Argentina e, lá, declarou à imprensa que Cuba foi “o único país que tinha proporcionado ajuda direta aos afetados pela explosão”.

Passaram-se três décadas da detonação no reator número quatro da usina nuclear ucraniana e Olga ainda sofre as consequências da radioatividade: seu pai morreu quando fecharam a usina e uma de suas filhas nasceu com malformações.

Olga, como dissemos, vive na Argentina e leciona música. Novos ares, alimentos não contaminados e a terapia médica ajudaram fortalecer o sistema imunológico de sua filha para defrontar a doença.

A cidadã ucraniana evocou a ajuda ás crianças de Chernobil oferecida por Cuba, um dos primeiros países em responder ao pedido de assistência ante a catástrofe nuclear.

Especialistas cubanos determinaram na Ucrânia o tipo de ajuda necessária e, mais tarde, em 29 de março de 1990, chegaram a Havana as primeiras 139 crianças afetadas pelo acidente sendo recebidos pelo líder histórico Fidel Castro.

Um programa gratuito de saúde foi disponibilizado a sucessivos grupos de crianças ucranianas, perfazendo, em total, 21.340, que foram atendidas numa colonia de férias junto ao mar, nas imediações da capital cubana.

O programa não se deteve quando Cuba entrou no denominado Período Especial, etapa mais grave das dificuldades econômicas do país.

A embaixadora alterna de Cuba na ONU, Ana Rodrigues, destacou numa sessão da Assembleia Geral da ONU pelo 30o aniversário do desastre, que a resposta de seu país constitui uma mostra de cooperação em consonância com o mandato da Carta da organização mundial.

Os beneficiados recordam na Ucrânia o sol tropical e as águas límpidas do mar na colônia de férias de Tarará, na costa norte de Cuba, que tanto ajudaram os tratamentos médicos.

Os médicos, as enfermeiras devolveram a vida a milhares de crianças ucranianas que, hoje em dia, já adultas, ainda vivem sobressaltados à espera de que se instale um protetor especial em volta do reator de Chernobil, em processo de desmantelamento.

Os técnicos ucranianos pretendem proteger o sarcófago erguido em torno do reator avariado de qualquer vazamento radioativo.

A 30 anos da tragédia, a ONU pediu tirar as conclusões pertinentes e seria prudente divulgar o impacto do programa humanitário cubano, pouco conhecido.

Olga Sakovich leva 15 anos longe da Ucrânia e continua expressando sua gratidão a Cuba e à Rússia pelo que fizeram ante o mais grave acidente nuclear da história.

 



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