Havana, 25 de outubro (RHC).- O chanceler Bruno Rodríguez denunciou manobras dos EUA na ONU para tentar justificar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba há quase seis décadas. Em coletiva de imprensa, revelou que o governo norte-americano propôs oito emendas ao projeto de resolução que Cuba apresentará no dia 31 na Assembleia Geral pedindo o fim dessa medida agressiva.
Rodríguez rejeitou também o conteúdo de outro documento circulado pela representação norte-americana no organismo internacional com o propósito de pressionar governos para que modifiquem sua posição contra o cerco econômico. Nos últimos 26 anos, a Assembleia Geral tem aprovado textos semelhantes por imensa maioria, porém, os EUA mantêm o bloqueio instaurado nos anos 60.
Por sua vez, em declarações à agência Prensa Latina, o diretor provincial de Saúde Pública em Havana, Reinol García, denunciou que o bloqueio norte-americano é a causa principal da deterioração da infraestrutura do setor em Cuba. Disse que essa política genocida incide também no déficit de medicamentos e de insumos médicos.
García apontou que para introduzir tecnologias e equipamentos de ponta nessa área é preciso adquiri-los na Europa ou Ásia, porque as companhias norte-americanas não podem vendê-los a Cuba por causa das leis do bloqueio.
Em Havana, a CTC – Central de Trabalhadores de Cuba, chamou os operários e movimentos sociais no mundo a rechaçar o cerco econômico imposto pelos EUA, endurecido nos últimos tempos. Declaração da central sindical afirma que essa política arbitrária viola os direitos humanos e constitui o obstáculo principal para o desenvolvimento econômico e social do país.