Havana, 27 de novembro (RHC).- Nesta terça-feira os cubanos prestam homenagem aos oito estudantes de medicina fuzilados pelo regime colonial espanhol em 26 de novembro de 1871 sob a falsa acusação de terem profanado o túmulo de um jornalista defensor da submissão à metrópole.
A jornada inclui a tradicional peregrinação da escalinata da Universidade de Havana até La Punta, à entrada da baía da cidade, onde foram executados, além de uma tuitada para reiterar o apoio dos estudantes à Revolução.
Nesta terça-feira, o presidente Miguel Díaz-Canel postou no Twitter uma mensagem pela efeméride. “Há 147 anos o ódio fuzilou a inocência de oito jovens alegres e talentosos estudantes de medicina. Hoje nossos universitários e médicos marcham para não esquecer. Ante o túmulo inesquecível canta-se o hino à vida”, aponta o texto.
Nestes dias estão retornando a Cuba os profissionais da saúde que colaboravam no programa “Mais Médicos”, no Brasil. A decisão foi tomada levando em conta a postura hostil do presidente eleito nesse país, Jair Bolsonaro.
Um dos que voltou, o doutor Juan Antonio Reyna, destacou a relação com as pessoas que atendia. “Quando fui pela última vez ao posto de saúde onde trabalhava no município de Sorocaba, a 100 quilômetros de São Paulo, as grávidas e os pacientes choravam porque queriam seu médico. Nós éramos os únicos que não colocávamos uma mesa na frente deles e os tratávamos como família”, revelou. Reyna, formado há 30 anos, disse que em Sorocaba prestavam serviço 18 médicos cubanos.