Havana, 21 de março (RHC).- Cuba reforçou as medidas de prevenção e controle da Covid-19. Falando no programa de televisão “Mesa Redonda”, na sexta-feira, o presidente Miguel Díaz-Canel sublinhou que não pode haver pânico nem excesso de confiança, e sublinhou que o país está organizado para enfrentar a situação, seguindo os protocolos indicados pelas organizações internacionais.
Afirmou que o objetivo principal das ações para combater a doença é preservar a vida das pessoas, e garantiu que existe a disposição política para fazê-lo. Díaz-Canel advertiu que é preciso manter a atividade econômica porque esse é o alicerce para poder empreender as ações agora e no futuro.
Entre as medidas anunciadas está o fechamento das fronteiras do país ao turismo a partir de terça-feira, permitindo a entrada apenas dos cubanos e estrangeiros residentes aqui. Isso pela necessidade de isolar e proteger a população local ante a emergência sanitária internacional, além de reforçar a vigilância e controle para barrar a transmissão do novo coronavírus.
O presidente cubano ressaltou as opções de trabalho e ensino a distância, e exortou a evitar o uso do transporte público, suspender atos e atividades massivas, intensificar as medidas de proteção individual e procurar ajuda médica ante sintomas respiratórios.
No programa falaram vários ministros. O de Saúde Pública, José Angel Portal, informou que até ontem tinham sido diagnosticados no país 21 casos da Covid-19, deles 11 cidadãos cubanos que voltaram do exterior ou tiveram contato direto com visitantes.
Por sua vez, o primeiro-ministro, Manuel Marrero, referiu-se ao sistema de ensino no país, e disse que por enquanto não foi fechada nenhuma escola ou faculdade. Garantiu que foram tomadas todas as medidas de higiene e de prevenção nos centros de estudo.
Quanto à suspensão por trinta dias da entrada de turistas em Cuba, advertiu que terá impacto no setor e no resto da economia nacional, levando em conta sua importância como fonte de ingressos e sua relação com as demais esferas. Marrero exortou a realocar noutras atividades o maior número de trabalhadores que ficarem disponíveis a partir das medidas que estão sendo tomadas para cortar a transmissão do coronavírus.
No programa “Mesa Redonda”, a ministra de Trabalho e Seguridade Social, Marta Elena Feitó, garantiu que nenhum cidadão ficará desamparado, e sublinhou que existem leis para enfrentar este tipo de situação protegendo os trabalhadores e suas famílias. Indicou que através dos assistentes sociais se dará atenção ao segmento mais vulnerável da população.