Havana, 24 de agosto (RHC).- Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, reconheceu o impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba, vigente há quase 60 anos. Disse que o cerco afeta negativamente as condições de vida da população.

Em resposta a legisladores do Grupo de Amizade e Solidariedade a Cuba no Parlamento Europeu, Borrell sublinhou que o bloco continental tem externado sua postura pelo fim do bloqueio em seus contatos com autoridades do governo norte-americano, e ressaltou que as medidas impostas a outras nações não deveriam impedir a aquisição de equipamentos e insumos necessários para enfrentar a Covid-19 e restringir sua propagação global.

Quanto à decisão de Washington de incluir Cuba na lista negra de países que supostamente não colaboram na luta contra o terrorismo, concebida pelo Departamento de Estado, o alto funcionário da União Europeia rechaçou o argumento arvorado pelos EUA em torno da presença em Havana de dirigentes da guerrilha do ELN – Exército de Libertação Nacional da Colômbia.

Destacou que eles estavam participando do diálogo de paz com o governo colombiano, que interrompeu as conversações, e segundo os protocolos como país garante Cuba está à espera de que possam voltar em condições seguras à nação sul-americana.