Praça da Revolução

Editado por Irene Fait
2022-01-15 17:43:38

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Plraça da Revolução, Havana

A Praça da Revolução de Havana, capital de Cuba, é o lugar onde bate o coração do povo. Testemunha de celebrações históricas, compartilhou dores e alegrias dos discursos antológicos do líder histórico Fidel Castro, escutado e apoiado pela multidão emocionada, com sua palavra acesa e seu estilo único.

É uma das praças públicas maiores do mundo, com 72 mil metros quadrados, sendo construída entre 1948 e 1959 sobre uma pequena colina. O projeto foi selecionado através de um concurso público em 1947. O objetivo era erguer um monumento ao Herói Nacional José Martí, com o nome de Praça Cívica.

O conjunto arquitetônico inclui uma torre de granito branco, com forma piramidal, num dos lados da enorme esplanada. O diâmetro é de 78,5 metros, e tem 112,72 de altura. Um elevador interno percorre 90 metros até o topo, além de uma escadaria de 579 degraus. No piso do mirante, instalado na ponta da torre, aparecem as distâncias entre o monumento e as capitais de 43 países. Desde a varanda, em dias claros, é possível ver a cidade, e enxergar até uma distância de 60 quilômetros.

Na base, encontramos o monumento dedicado a José Martí, obra do escultor cubano Juan José Sicre. A estátua foi esculpida em 52 blocos de mármore branco, extraído das canteiras da Ilha da Juventude, que faz parte do arquipélago cubano.

Sua altura é de 18 metros. Está rodeada por seis pilares do mesmo material, representando as seis províncias em que o país estava dividido naquela época, com os escudos distintivos de cada umadelas gravados na pedra.

Desde 1996, na base do monumento foi instalado o Memorial José Martí. Nos cinco salões que o conformam são distribuídas 79 frases do ideário martiano, gravadas nas paredes com letras douradas.

Rodeando o conjunto foram construídos vários prédios para instituições públicas. Justo à frente está o ministério do Interior com a conhecida imagem do Che Guevara em relevo, obra do escultor Enrique Ávila, colocada na fachada, e ao pé sua frase “Hasta lavictoriasiempre”. Ao seu lado, o ministério das Comunicações, no qual encontramos outro relevo escultórico, obra do mesmo artista, representando Camilo Cienfuegos, comandante guerrilheiro e herói da Revolução.

À direita da torre, a Biblioteca Nacional José Martí, à esquerda o Teatro Nacional, e atrás, em forma de semicírculo, o prédio onde funcionam o Partido Comunista de Cuba, o Conselho de Estado e o Conselho de Ministros. Finalmente, à direita, o ministério das Forças Armadas Revolucionárias.

Após o triunfo revolucionário de 1959, começou a tradição de realizar grandes comícios populares na esplanada, nos quais Fidel explicava às massas questões importantes da política interna e externa. Assim, transformou-se em lugar de diálogo do líder com o povo, e passou a ser conhecida como Praça da Revolução.

Ali se concentrava a população depois das históricas passeatas do 1º de Maio, Dia do Trabalho; ali Fidel leu a carta de despedida do Che Guevara, endereçada aos cubanos e a seu líder quando partiu para a luta noutros países; ali o país todo chorou quando uma ação terrorista derrubou um avião cubano que voltava à pátria com um grupo de jovens esportistas; e ali oficiaram missas os papas João Paulo Segundo, Bento 16 e Francisco.

Em 29 de novembro de 2016, quatro dias após o falecimento de Fidel Castro, juntaram-se pela última vez o povo e seu líder. Esta vez ele só escutava, coisa não habitual. Vieram chefes de Estado do mundo todo para prestar-lhe homenagem, e na Praça da Revolução, silenciosa pela primeira vez, os cubanos permaneceram durante quatro horas.

No dia seguinte, as cinzas do Comandante em Chefe saíram do histórico lugar rumo ao cemitério de Santa Ifigenia, em Santiago de Cuba, onde foram colocadas ao lado do túmulo de José Martí, Herói Nacional e inspirador da vida e obra de Fidel.



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