Havana, 28 de outubro (RHC).- A Agência Mundial Antidoping revelou sérios problemas nos controles durante a Olimpíada do Rio, em agosto passado. Relatório de uma equipe independente aponta que as dificuldades logísticas eram previsíveis, e portanto evitáveis.
O texto indica que houve dias em que só pôde ser coletada a metade das amostras previstas fora de competição na Vila Olímpica. Os problemas tiveram sua origem na falta de coordenação, cortes no orçamento, tensões entre o Comitê Organizador e a agência antidoping brasileira, e a formação insuficiente do pessoal designado para essa tarefa. Na hora de fazer os testes, muitos atletas não foram encontrados nem havia informação sobre seu paradeiro.
A Agência Mundial indicou que só não ocorreu um colapso no sistema graças à dedicação, tenacidade, iniciativa e profissionalismo de alguns funcionários chave. O documento revela que os jogadores de futebol não tiveram nenhum controle fora dos dias de jogo, e no halterofilismo – esporte de alto risco quanto ao consumo de substâncias proibidas – foram feitos poucos exames de sangue antes ou depois das datas das provas.
Essa situação fez que não se aproveitasse ao máximo a capacidade dos laboratórios, que contavam com os equipamentos mais modernos e especialistas competentes. Na Olimpíada do Rio foram checados quase 29% dos atletas participantes. Um deles foi submetido a seis testes durante o evento.