Havana, 25 de novembro (RHC) Diego Armando Maradona, um dos melhores jogadores do mundo, uma figura icônica do futebol argentino, morreu em 25 de novembro, há quatro anos.
Maradona demonstrou um talento excepcional desde muito jovem, exibido após sua estreia no Argentinos Juniors e com brilho especial no Boca Juniors, onde se tornou um ídolo.
Na Europa, jogou no Napoli, um clube modesto que o argentino transformou em gigante do futebol italiano, ganhando dois Scudettos (1987 e 1990) e uma Copa da UEFA (1989), tornando-se um símbolo de esperança para os napolitanos.
Na Copa do Mundo de 1986, no México, levou a Argentina ao segundo título mundial com atuações memoráveis, incluindo os gols míticos contra a Inglaterra: "La Mano de Dios" e "El Gol del Siglo" (O Gol do Século).
Além de seu impacto esportivo, "Pelusa" cultivou uma estreita relação com Cuba e com o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, que, por coincidências da história, também se despediu fisicamente no dia 25 de novembro, mas quatro anos antes (2016) do que o astro argentino.
Na Ilha, Maradona recebeu o carinho e a atenção especializada de que necessitava para se recuperar de seus problemas de saúde, decorrentes do vício em drogas.
Passou longos períodos aqui, incluindo encontros com o próprio Fidel, que se preocupava com sua condição e a quem o argentino admirava profundamente, a ponto de tatuar seu rosto em uma das pernas.
Para Maradona, Cuba era um lugar de introspecção e militância. Sempre defendeu a Ilha e se tornou uma figura pública que apoiava causas de esquerda na América Latina como uma voz política além do esporte.
A vida de Maradona foi cheia de claro-escuro. Além do sucesso em campo, sua vida foi marcada por excessos, problemas legais e conflitos pessoais. Porém, sua capacidade de se conectar com as massas, seu carisma, e sendo um gênio no gramado o imortalizou.