Havana, 10 nov (RHC) .- O presidente eleito Donald Trump se dedicou ontem a conformar seu gabinete no seu lar, enquanto recebia ligações de felicitação, muitas, pouco sinceras, de mandatários estrangeiros e políticos nacionais.
Entretanto, o establishment tratava de processar o que faz ia apenas umas horas era quase impensável: o multimilionário da direita será coroado presidente no próximo 20 de janeiro, como resultado de um repúdio às cúpulas de milhões de estadunidenses.
Trump será só o quinto candidato na história que ganha a Casa Branca mas perde o voto popular, como resultado do muito peculiar processo, onde uma maioria do chamado Colégio Eleitoral, não do povo, elege ao presidente.
Ontem à noite Trump instou a construir um país unido e hoje seu opositor democrata, o presidente Barack Obama e a direção de seu partido chamaram à unidade em nome de Estados Unidos, os "princípios" desta democracia, apesar de o voto manifestar um país profundamente dividido que reprovava a ambos contendentes justo por sua falta de princípios,
O presidente Barack Obama felicitou a Trump –de quem tinha dito que era um candidato "desqualificado"– e o convidou à Casa Branca nesta quinta-feira para iniciar o planejamento do translado do poder a princípios de 2017.
Obama chamou a que Trump se manter focado sobre a unidade nacional, "já que isso é o que precisa o país", como o respeito a suas instituições. Indicou que espera que seu sucessor "tenha sucesso em unir e encabeçar este país" e se comprometeu a mostrar ao mundo o apego ao princípio democrático da "transferência pacífica do poder".
Mas Trump e seu partido logo enviaram a mensagem de que com tanta disposição à "unidade" procederão a desmantelar os legados não só de Obama, mas também da dinastia Clinton.
Trump desmantela legado de Obama
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