Havana, 26 de outubro (RHC).- O Irã exigiu dos EUA respeitar o ditame da Corte Internacional de Justiça de Haia que rechaçou as sanções impostas a esse país persa. O tribunal também sugeriu que Washington se abstenha de toda ação que possa agravar o litígio em torno do Pacto Nuclear.
O tratado foi assinado em 2015 com a Alemanha e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia e China. Porém, o presidente Donald Trump anunciou sua saída e decidiu punir o Irã de forma unilateral. O embaixador iraniano na ONU, Golamali Kosroo, lembrou que essa é a mais alta instância legal no plano internacional, e suas resoluções devem ser adotadas pelos países que aceitam sua jurisdição.
Na Rússia, o chanceler Serguei Lavrov reiterou suas críticas à postura do governo norte-americano de abandonar tratados internacionais, neste caso o de Armas Nucleares de Médio e Curto Alcance. Disse que essa atitude pode levar à perda do alicerce legal para o desarmamento global. Lavrov advertiu para o risco de volta à corrida armamentista ao ser eliminado todo limite jurídico nessa área.