Havana, 26 de fevereiro (RHC).- O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, denunciou que os EUA e um grupo de países subordinados promovem uma forte campanha na mídia para derrubar o presidente constitucional, Nicolás Maduro.
No Twitter, Arreaza rejeitou as ações do governo norte-americano que violam os princípios elementares do direito internacional. Também mencionou a tentativa de Washington de fazer entrar à força ajuda humanitária ao território da Venezuela a partir de países vizinhos, no sábado passado. Disse que o único propósito era facilitar uma intervenção militar estrangeira.
O Chanceler indicou que esses fatos fazem parte da intentona golpista promovida pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra as autoridades venezuelanas eleitas legitimamente pela população. Frisou que essa estratégia fracassou, e chamou a comunidade internacional a defender os princípios da Carta da ONU, porque sua violação coloca em risco a paz e a segurança no mundo.
Por sua vez, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que as intervenções militares na América Latina pertencem ao passado, referindo-se aos planos de Washington na região. Em declarações à Rádio Televisão Suíça, Guterres disse que uma ação desse tipo só poderia ocorrer no contexto da Carta da ONU, e não sob a tutela de um governo autoritário.
O secretário-geral da entidade falou que seria ingênuo pensar que é possível alcançar certa unidade nessas circunstâncias, e defendeu fazer o possível para reduzir as tensões na Venezuela e evitar a violência.
No México, o governo fez um chamamento às partes envolvidas no conflito político venezuelano a rejeitarem o uso da força e a encontrarem uma saída pacífica através do chamado Mecanismo de Montevidéu. Declaração da Chancelaria ratifica a postura mexicana de não ingerência nos assuntos internos dos Estados.