Havana, 7 de maio (RHC).- O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou que o governo do presidente Nicolás Maduro encaminha seus esforços à recuperação da economia nacional e na abertura de um diálogo político apesar das ações desestabilizadoras da oposição de direita.
Em declarações à rede Rússia Today, em Moscou, Arreaza garantiu que o povo venezuelano resiste e está ciente da necessidade de defender a pátria com todos os meios a seu alcance. Denunciou o complô dos EUA e a oligarquia local para retomar o controle das riquezas do país, e afirmou que essas tentativas fracassarão.
Por sua vez, o Procurador Geral, Tarek William, informou que a intentona golpista de 30 de abril passado deixou saldo de cinco mortos e 233 pessoas detidas. Sublinhou que os incidentes estão sendo investigados pelo Ministério Público.
Nesse contexto, o embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, advertiu que os EUA tratam de iniciar uma guerra colonial de saque, igual à empreendida no Iraque. No Twitter, Moncada apontou que na história desse país há casos de intervenções militares no exterior sem precisar da luz verde do Congresso e de outras instituições, com saldo de centenas de milhares de mortos e enormes prejuízos econômicos.
Em Caracas, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, garantiu que os envolvidos na intentona golpista de abril passado serão levados aos tribunais e pediu paciência à população ante as manobras desestabilizadoras da oposição.
O próprio secretário norte-americano de Estado, Mike Pompeo, teve de admitir que o líder golpista Juan Guaidó não conta com o apoio suficiente dos venezuelanos. Em declarações à imprensa, Pompeo garantiu que Washington não vai deixar de apoiar os esforços da oposição para derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro.