Havana, 6 de julho (RHC).- O vice-chanceler da Venezuela, William Castillo, destacou na ONU o sistema de proteção dos direitos humanos vigente no país e questionou o relatório emitido pelo Escritório das Nações Unidas para essa questão depois da visita da Alta Comissária Michelle Bachelet a Caracas.
Falando na sessão do Conselho da ONU para os Direitos Humanos, Castillo disse que o documento não é imparcial, porque desconsidera os avanços das políticas sociais e de proteção à população impulsionadas pelo governo. Denunciou que das 558 entrevistas em que se basearam os autores do informe, 460 foram feitas fora do país.
Por sua vez, a Rede Venezuelana de Direitos Humanos indicou que o documento não leva em consideração o impacto na sociedade do bloqueio econômico e financeiro imposto pelos EUA.
Em Caracas, o presidente Nicolás Maduro anunciou para o dia 24 deste mês manobras da Força Armada Nacional Bolivariana. Os exercícios visam aprimorar a preparação ante os intentos golpistas da oposição de direita. Maduro falou na parada militar pelos 208 anos da declaração da Ata de Independência.
O mandatário venezuelano exortou a oposição a abrir mão das conspirações, complôs e planos para desestabilizar o país, e ratificou a disposição do governo de chegar a acordos políticos através do diálogo como único caminho rumo à paz.
Nesse contexto, o chanceler Jorge Arreaza questionou recentes declarações do presidente argentino, Maurício Macri. Disse que utiliza a difícil situação da economia venezuelana para tentar aumentar o apoio a suas aspirações de se reeleger no final deste ano, e lembrou que Macri entregou a Argentina ao FMI – Fundo Monetário Internacional.