Havana, 14 de setembro (RHC).- A justiça uruguaia recebeu 80 dossiês sobre médicos que colaboraram na prática de torturas a opositores durante o regime militar nesse país, de 1973 a 1985.
Os documentos foram facilitados pelo Sindicato Médico do Uruguai e a Federação Médica do Interior para garantir que não se percam como memória histórica.
“Da tortura participavam médicos que controlavam que a pessoa detida não morresse, para poder continuar aplicando-lhes sofrimentos físicos”, declarou o advogado Oscar López, membro da Comissão Nacional de Ética Médica criada em 1985 para examinar o assunto. “Muitos deles falsificaram as causas de morte”, indicou.