Havana, 12 de outubro (RHC).- Os movimentos indígenas no Equador anunciaram que manterão os protestos enquanto o governo do presidente Lenin Moreno não reverter a decisão de eliminar os subsídios aos combustíveis, medida que tem impacto nos segmentos de menores ingressos.
O anúncio foi feito pela Confederação de Nacionalidades Indígenas após nove dias de manifestações contra o pacote aplicado pelas autoridades por exigência do FMI – Fundo Monetário Internacional. Das ações participam, além das organizações dos povos originários, trabalhadores, estudantes, camponeses e outros setores da sociedade equatoriana.
Em Caracas, o Procurador Geral da Venezuela, Tarek William, ressaltou a hipocrisia da comunidade internacional que critica seu país e cala a boca ante o que ocorre no Equador. Falando no canal Venezolana de Televisión, sublinhou que os protestos são contra o FMI e os governos que almejam saquear a riqueza dos povos, e perguntou onde está a OEA – organização de Estados Americanos e a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que até agora não se pronunciaram sobre a repressão policial no Equador.
Nesse contexto, a companhia Oracle, maior provedor mundial de software de bases de dados, comunicou que cessa seus serviços na Venezuela por causa das sanções impostas pelo governo norte-americano a essa nação. A nota menciona a Ordem Executiva assinada pelo presidente Donald Trump e outras medidas afins.