Havana, 7 de abril (RHC).- A Federação Nacional de Advogados do Equador acusou o governo do presidente Lenin Moreno de priorizar o pagamento da dívida externa apesar da grave crise no país ocasionada pela Covid-19, que levou ao colapso dos serviços de saúde e funerários nesse país.
A denúncia foi apresentada perante a Procuradoria Penal Internacional. O jurista Pedro Granja disse que Moreno e seu gabinete são acusados de presumível crime de extermínio, definido como “a imposição proposital, por parte de um grupo de poder, de condições de vida que impeçam a um grande conglomerado humano ter acesso a comida, medicamentos e serviços de saúde, colocando em risco a vida dessas pessoas”, explicou Granda. “Quando o governo equatoriano teve de decidir entre a vida e a dívida, preferiu pagar a dívida”, sublinhou o advogado.
Por sua vez, em entrevista à rede CNN, o ministro da Saúde do Equador, Juan Carlos Zavallos, admitiu que os mortos pela doença no país são cerca de 1.500, e não o número oficial de apenas 150. “Não é possível esconder os cadáveres e o número de mortos. Isso é totalmente indigno”, afirmou. O ministro reconheceu que a situação em Guayaquil está fora de controle.