Havana, 23 de julho (RHC).- Gabriela Rivadeneira, ex-presidente da Assembleia Nacional do Equador, denunciou as manobras empreendidas pelo governo atual para impedir que o ex-mandatário Rafael Correa possa se candidatar nas eleições presidenciais e legislativas de fevereiro de 2021.
Em entrevista concedida ao canal HispanTV, disse que a ruptura do estado de direito começou há três anos e gerou uma profunda crise institucional e socioeconômica.
Rivadeneira disse que as autoridades equatorianas sentem temor ante a força do chamado “correismo”, representado pelo movimento Compromisso Social, liderado pelo ex-chefe de Estado. Essa organização encabeça as enquetes de intenção de voto.
“Tanto no Equador quanto no Brasil e Argentina, e agora na Bolívia, aplicou-se à risca o uso do sistema de justiça para judicializar os opositores, contra líderes progressistas e de esquerda na região”, afirmou. A ex-titular do Parlamento sublinhou que este ano milhares de funcionários públicos foram demitidos no Equador em meio à pandemia, e boa parte da classe média no país está mergulhando na pobreza.