Havana, 12 de agosto (RHC).- Na Bolívia, o ministro de Governo, Arturo Murillo, ameaçou com dissolver a tiros os protestos contra o adiamento das eleições gerais no país, decretado pelo regime de facto.
Os manifestantes em Cochabamba, El Alto e outras cidades exigem também a renúncia da presidente Jeanine Áñez.
“Não teremos outro jeito que agir com a mão mais dura, com a lei na mão”, declarou Murillo em entrevista concedida à rede norte-americana CNN.
“O politicamente correto seria meter bala”, garantiu. E avisou que se as negociações para suspender o bloqueio de rodovias fracassarem, os militares entrarão em cena.
Por sua vez, o ex-presidente Evo Morales, refugiado na Argentina, chamou a seguir o caminho democrático para resolver a crise na Bolívia. “Não devemos cair nas provocações dos que querem levar-nos à violência.
Somente com o povo no poder, democrática e pacificamente, vamos conseguir resolver as crises, e isso significa eleições já, com data definitiva e inamovível”, apontou.