Havana, 31 de agosto (RHC).- O candidato presidencial do partido Democrata, Joe Biden, acusou o atual mandatário de acirrar o ódio e a violência nos EUA, e condenou a morte de um seguidor de Donald Trump em meio aos protestos antirracistas em Portland.
“A violência mortal que vimos ontem à noite em Portland não é aceitável. Tiroteios nas ruas de uma grande cidade estadunidense são inaceitáveis. Condeno a violência de todos os tipos, por parte de qualquer pessoa, seja de esquerda ou de direita. E desafio Trump a fazer o mesmo”, postou no Twitter. Pediu aos cidadãos não deixarem que o país mergulhe numa guerra interna, nem aceitar o assassinato de quem tiver uma opinião contrária à nossa.
Biden sublinhou que o mandatário norte-americano usa a política do medo para animar seus partidários a assumirem o ódio, porque acredita que uma guerra nas ruas seria favorável a seus propósitos de reeleição.
Por sua vez, o cientista político estadunidense Noam Chomsky disse que Donald Trump coloca o mundo à beira de uma guerra nuclear, entre outras graves crises. Em declarações ao diário “The Hill”, disse que a humanidade vivencia a “era mais obscura e transcendental da história pela confluência de várias crises graves, entre elas a ameaça de um conflito atômico, as mudanças climáticas, a pandemia da Covid-19, a recessão econômica e os distúrbios raciais nos EUA.
“Nunca houve um momento na história da humanidade em que tenha surgido uma confluência semelhante de crises, e as decisões a respeito devem ser tomadas rapidamente, não podem demorar”, advertiu Noam Chomsky.
Nesse contexto, o diário norte-americano “The Washington Post” garantiu que Mike Pompeo é o pior Secretário de Estado na história desse país, referindo-se ao fracasso de suas políticas contra o Irã, Venezuela e China. Uma matéria assinada pelo redator-chefe do jornal, Jackson Diehl, indica que Pompeo não conseguiu negociar com as autoridades norte-coreanas e não teve resultados em sua campanha de “máxima pressão” contra o Irã, nem contra o governo venezuelano e a China.
O texto aponta que o Departamento de Estado hoje tem vários postos de alto nível vazios, e centenas de diplomatas foram demitidos ou pediram para sair.