Havana, 23 de dezembro (RHC).- Nils Melzer, relator da ONU para casos de torturas e castigos cruéis e degradantes, enviou carta ao presidente dos EUA, Donald Trump, solicitando-lhe deixar de perseguir Julian Assange, fundador do site Wikileaks.
“Assange foi privado arbitrariamente de sua liberdade nos últimos dez anos. Esse é um alto preço a pagar pela coragem de publicar informação veraz sobre a má conduta do governo no mundo todo”, indica o texto.
“Não é, e nunca foi, um inimigo do povo norte-americano. Sua organização, Wikileaks, luta contra o sigilo e a corrupção no mundo todo, portanto age em interesse público tanto do povo estadunidense quanto da humanidade em seu conjunto”, afirma o relator.
Na carta, destaca que Assange tem sofrido injustiças, perseguições e humilhações ao longo de mais de uma década simplesmente por dizer a verdade.
Em quatro de janeiro um tribunal britânico decidirá sobre sua extradição aos EUA, onde seria julgado e poderia ser condenado a até 175 anos de cadeia.