Havana, 13 de julho (RHC).- A rede de televisão Telesur indicou que o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi planejado em janeiro passado, e nele está envolvida uma empresa com sede em Miami, nos EUA.
Revelou áudios que mostram como foram recrutados ex-militares colombianos para a operação.
Por sua vez, o diretor geral da Polícia Nacional da Colômbia, general Jorge Luis Vargas, informou que o chefe da Unidade de Segurança Geral do Palácio Nacional do Haiti, comissário Dimitri Herard, fez viagens ao Equador, Panamá e República Dominicana de janeiro a maio passado fazendo escala em Bogotá.
Confirmou que foram identificados 21 cidadãos colombianos envolvidos no crime, 18 deles capturados no Haiti e três mortos em confronto com a polícia. Todos se trasladaram via aérea dessa capital à República Dominicana, e daí passaram ao país vizinho.
Vargas indicou que eles foram recrutados por Charles Emmanuel Sanon, também capturado, através da empresa CTU Segurity LLC, radicada em Miami, nos EUA.
Por sua vez, a rede norte-americana CNN afirmou que vários informantes de agências do governo dos EUA, como a DEA – Administração de Controle de Drogas e o FBI – Bureau Federal de Investigações, estão envolvidos na execução do presidente do Haiti. “Depois do assassinato de Moise, o suspeito se comunicou com seus contatos na DEA”, revelou a CNN.
Nesse contexto, o analista Héctor Bernardo, entrevistado pela Telesur, lembrou que os EUA, junto com seus aliados de direita na região, articularam o golpe de Estado que derrubou o mandatário Evo Morales na Bolívia.
Disse que a OEA – Organização de Estados Americanos teve um papel fundamental no que aconteceu nesse país, e mencionou a colaboração dos governos de Mauricio Macri, da Argentina, Ivan Duque, da Colômbia, Lenin Moreno, do Equador, e Jair Bolsonaro, do Brasil.