www.unlpam.edu.ar
Havana, 07 julho (RHC).- A justiça argentina condenou na quarta-feira à cadeia perpétua e a sentenças de até 22 anos de prisão 19 envolvidos em crimes de lesa humanidade durante a última ditadura militar naquele país (1976-1983).
Três anos e três meses de audiências sobre a causa Campo de Maio permitiram processar os responsáveis e conhecer detalhes dos horrores cometidos num dos maiores centros clandestinos de detenção, tortura e extermínio daqueles anos, na Argentina.
Foram ouvidos os depoimentos de centenas de testemunhas sobre o sequestro, a agressão e o assassinato de 350 pessoas por membros do exército, a polícia federal e a gendarmaria nacional, entre outros organismos.
Foram sentenciados à cadeia perpétua 10 culpados, entre eles o ex-comandante de Institutos Militares, Santiago Omar Riveros, que carrega outras 16 sentenças.
Perto de seis mil pessoas foram levadas ao Campo de Maio, muitas eram ativistas sindicais e membros de organizações de esquerda. Menos de um por cento conseguiu sobreviver.
Entre as vítimas há 14 mulheres grávidas e nove pais de crianças roubadas, segundo denunciou a organização Avós da Praça de Maio que continua buscando 10 daquelas crianças cuja identidade foi trocada.
No começo, a causa envolvia 22 indiciados, porém dois morreram e um foi dispensado por sofrer de uma doença irreversível.