União Europeia em apertos por sanções à Rússia

Editado por Juan Leandro
2014-08-14 14:46:10

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Em meio à incredulidade pela rápida e enérgica resposta da Rússia às sanções impostas pela União Europeia, esse bloco regional está examinando como assimilar o impacto dessas medidas em suas próprias economias.

O governo russo agiu em seu direito legítimo de responder os que tinham se mostrado como “parceiros” nos últimos anos. Hoje, o gigante euro-asiático se tornou inimigo número UM de Ocidente por causa de sua postura a respeito do conflito na Ucrânia.

A campanha de propaganda contra Moscou foi ganhando espaço nas últimas semanas no plano internacional, promovida principalmente pelos EUA. O presidente Barack Obama assumiu o papel de principal gerador de calúnias contra a Rússia e seu homólogo Vladimir Putin.

Desde os tempos remotos da chamada Guerra Fria, quando a então União Soviética e o outrora campo socialista eram alvo das piores acusações, a opinião pública internacional não tinha sido testemunha de infâmias tão violentas e falsas.

A Rússia é mostrada como agressora da Ucrânia, país em que as forças de extrema-direita e fascistas receberam o apoio aberto dos EUA e de seus aliados europeus para derrubar o governo constitucional. São recentes as imagens que apresentaram uma alta funcionária do governo norte-americano repartindo guloseimas aos grupos que incendiaram a capital ucraniana e pediam a cabeça do então presidente Victor Yanukovich.

O primeiro-ministro atual, Arseni Yatseniuk, expressa publicamente seu profundo sentimento antirrusso. Ele foi um dos que participou do complô para derrubar as autoridades.

Agora, os EUA e os países ocidentais tratam de fazer esquecer o respaldo dado aos autores do caos na Ucrânia, e buscam amplificar as calúnias, entre elas responsabilizar o governo russo pela adesão do território da Crimeia e pela situação em Donestk e Lugansk. Nessa política se inserem as recentes sanções aplicadas contra a Rússia que tencionam arruinar a economia desse país e apertar o cerco estabelecido pela OTAN ao redor de suas fronteiras.

Diante das punições, da ofensiva feroz das tropas ucranianas contra os rebeldes e as violações dos direitos humanos da população civil no leste dessa nação, a Rússia respondeu com energia às pressões dos EUA e da União Europeia.

Agora, os governos europeus estão estudando como enfrentar o que eles próprios criaram ao proibir as exportações agropecuárias à Rússia. O veto significará a perda de mais de 5,2 bilhões de euros para o bloco regional.

E o pior é que esses governos têm feito ameaças sutis contra nações latino-americanas para que não aumentem suas exportações de alimentos com destino ao mercado russo. Naturalmente, essas ameaças têm de ser rejeitadas com firmeza, porque o comércio e os investimentos têm seu alicerce na soberania e nas regras do direito internacional.

(R. Morejón, 14 de agosto)

 



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